A região do Algarve situa-se o mais a sul de Portugal Continental e é considerado um dos destinos turísticos mais procurados além-fronteiras. Além de ser um destino com diversas praias paradisíacas, esta é também uma região vitícola de qualidade, em grande parte devido à influência montanhosa, na medida em que as serras do Espinhaço de Cão, Caldeirão e Monchique protegem os vinhedos dos ventos provenientes do norte, tornando o clima mais quente, seco e com uma amplitude térmica reduzida e uma excelente insolação anual.

Sendo uma região turisticamente explorada pelas dimensões hoteleiras, esta viu a sua área de produção agrícola, e consequentemente vitivinícola, muito reduzida. No entanto, nos últimos anos, houve um investimento no sentido de contrariar essa situação e o setor vitivinícola foi revitalizado, pelo que houve investimento na replantação, modernização de equipamentos e otimização dos fatores de produção e adega.

A região algarvia está dividida em quatro sub-regiões: Tavira, mais a este, Lagoa e Portimão, ao centro, e Lagos, mais a oeste. No entanto, a maioria da produção vínica da região não utiliza a denominação de origem, mas sim como Regional Algarve. As castas associadas a esta região são, para os vinhos tintos, o Castelão e a Negra Mole e, no que comporta aos vinhos brancos, o Arinto e a Síria, embora sejam admitas também castas nacionais e internacionais, pelo que tem maior encepamento a casta Syrah, visto que existe uma maior adaptação aos solos e clima (Terroir).