REGIÃO TEJO
Tejo é a região de práticas culturais em extensivo, muito devido à qualidadee dos solos e à sua vastidão de planícies, facilitando a mecanização das culturas à larga escala, assim, a história do Tejo (ex-Ribatejo) confunde-se e segue ao curso do rio que lhe dá o nome. Climaticamente, a região Tejo é influenciada pelo rio, tendo como referências climáticas estações do ano amenas e constantes.
Denominação de Origem Ribatejo encontra-se dividida por seis sub-regiões, sendo elas: Tomar, Santarém, Charneca, Cartaxo, Almeirim e Coruche, sendo que as condições do solo variam consoante o local e a proximidade do rio, que caracteriza a região. O Tejo, varia da Lezíria, zona mais fértil, bem à beira rio, com uma enorme produtividade, até à zona do Bairro, de solo mais pobre, de origem argilo-calcário, onde o terreno é mais irregular e onde existe algum declive entre planícies, bem como a sua principal produção se situa entre o Olival e a Vinha. Na margem oposta do Tejo, encontra-se a Charneca, zona mais seca e árida e menos fértil desta região, de enorme proximidade com o Alentejo, onde a escolha agrícola recai sobre o Sobro e a Vinha. No entanto, as zonas de maior secura, menor fertilidade e de temperaturas mais elevadas, são onde as uvas têm melhores condições de maturação e, por consequente, com mais qualidade.
Em relação às castas utilizadas na região, as escolhas são bastante diversificadas, desde as castas típicas tintas Castelão e Trincadeira, até às castas mais clássicas, como por exemplo, o Touriga Nacional e as internacionais Cabernet Sauvignon e o Merlot; e os brancos, onde as opções recaem maioritariamente sobre o Fernão Pires, Arinto e o internacional Chardonnay. O encepamento da região é no total cerca 22 mil hectares, no entanto, só são utilizados, com castas e certificação para vinhos DOC, 1850 hectares. O carácter dos vinhos Tejo revela-se, nos tintos, com boa capacidade aromática e com suavidade taninica e, os brancos, são muito frutados, com aromas muitas vezes tropicais ou florais de alguma exuberância.
CURIOSIDADE
Devido às certificações e maior conhecimento e exigência do consumidor, os produtores da região do Tejo, historicamente conhecida pela produção de vinho em larga escala (Vulgo-granel), que abastecia restaurantes e tabernas de Lisboa com vinho a preços competitivos, viu-se obrigado a melhorar as condições e tecnologias na adega e a baixar as produções na vinha, aumentando por consequência a qualidade da uva e dos vinhos. Assim, as vinhas migraram da zona da Lezíria para as zonas de solos mais pobres e áridos como é o caso da Charneca e do Bairro.
