REGIÃO VINHOS VERDES & REGIONAIS DO MINHO
A região dos Vinhos Verdes é assim conhecida inicialmente pelo seu clima e forma de condução da vinha e utilização das videiras, muitas vezes, nas bordaduras das terras. Sendo um subproduto dos terrenos agrícolas e, maioritariamente, para autoconsumo, pelo que estes vinhos são feitos a partir de uvas pouco maduras (dando este fator origem ao nome “Verdes”). Assim, após vinificado, este vinho apresenta um carácter de (vol%) ? e com acidez elevada. (Talvez nãos seja melhor falar em teor Alcoólico pois a diversidade já é muita, temos desde os 9% até os 13.5%).
Com a evolução dos tempos, as melhorias das práticas culturais ligadas à vinha e a utilização das castas autóctones (regionais), como é o caso afamado Alvarinho, a região evolui de modo a produzir vinhos a partir de uvas mais cultivadas para a vinificação e não como subproduto, como era utilizada inicialmente pela população local (agricultores). Estes fatores afastaram os produtos da sua vertente excessivamente ácida de outros tempos, mas nunca perdendo a sua génese, a frescura tão característica deste tipo de vinhos.
No que toca à geografia, diz respeito esta zona vitícola Portuguesa, tão única e singular, região agrícola – Entre-Douro-e-Minho -, dividindo-se em nove sub-regiões, conferindo assim diferentes tipos de vinhos e utilizações de castas por zona, delimitada a norte pelo rio Minho, e a oeste pelo oceano Atlântico. Esta enorme riqueza hídrica e fértil, bem como de caracterísVINHOS PORTUGUESES REGIAO vinhos verdes regionais do minho & 75 ticas montanhosas, entre montes e ser – ras, destacando-se a serra de Peneda, todas estas conjugações em união com as castas autóctones – vulgo “Terroir”- dão por si só aos seus vinhos uma fres – cura e mineralidade atlântica vincada e de carácter único, bem como aromas frescos, límpidos e cítricos de fabulosa exuberância aromática.
Uma das castas utilizadas na região, é o inconfundível e famoso Alvarinho produzido maioritariamente na sub-região de Monção, pelo que são utilizadas com mais expressão as castas: Loureiro, Trajadura, Avesso, Azal e Perdernã (Vulgo – Arinto). No que diz respeito à vertente de vinho verde branco, no caso dos regionais e menos conhecidos verdes tintos, este é marcadamente ácido e rico em cor, de modo que a casta utilizada na sua vinificação é o Vinhão (Sousão), sendo também utilizado, embora com menos ênfase, as castas Borraçal, Es – padeiro, entre outras. No entanto, vol – tou-se recentemente a uma interpreta – ção muito singular e antiga dos vinhos tintos da região, utilizando uma forma de vinificação ancestral muito rústica, a mistura de uva branca e tinta. Assim, produz-se um vinho regional chama – do Pardusco (Vulgo – Palhete/Clarim), pelo que esta vinificação tem vindo a ganhar outro tipo de aceitação no mercado nacional e internacional e, não só maioritariamente local, como o Verde Tinto, mas também de alguns Rosés que vão surgindo, desmistificandoas – sim a opinião geral de que o vinho ver – de é branco, pelo que os rosés, os tintos e os parduscos (palhete/clarim) vão já conquistando alguma cota de mercado.
